segunda-feira, 1 de junho de 2009

Devia odiar-te, mas não

"Em que pensar, agora, senão em ti?"
Que me esvaziaste de coisas certas
Levaste a manhã e trouxeste a noite.

Devia odiar-te, mas não odeio.
Porque chegaste sem avisar.
Porque entraste sem pedir licença.
Porque destruiste e não concertaste.

Devia odiar-te, mas não odeio.
Porque és só uma construção na minha cabeça.
Tu não entraste, eu é que deixei que entrasses.

Devolve-me os sonhos adiados. Leva contigo os estremecidos.
Devia odiar-te, mas não consigo.

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